VENCECAVALOS E O OUTRO PAÍS
Autor: Guilherme José Pugliese Gomes
E-Mail: gui_pugliese@hotmail.com
Resenha Acadêmica apresentada na disciplina de comunicação e informação ministrada pela professora Katiane I semestre do curso de licenciatura de Geografia do IFBA 2013.2, Salvador-BA.
Vencecavalos e o Outro país, é uma obra literária de João Ubaldo Ribeiro, nela é abordados temas polêmicos de uma forma inteligente e bem humorada, como corrupção, intolerância, promiscuidade e miséria, fanatismo e o famoso jeitinho brasileiro. São cinco histórias, épocas diferentes, onde cada personagem principal, apresenta uma característica peculiar, se trata de uma caricatura crítica. Nos capítulos dessa obra é retratado, o politico brasileiro, o explorador português, o nordestino, fanático religioso e o brasileiro malandro. É usado uma linguagem bem popular, e expressões próprias criadas pelo autor. É criada dessa forma realidades, quase que surrealistas, que leva o leitor a aguçar a imaginação.
“VENCECAVALOS SANTOS BEZERRA”
Euclides Santafé, conhecido pelo vulgo de Vencecavalos, é um personagem excêntrico que vive em Florianópolis, dono de uma entidade (agremiação) exotérica. Ele de certa forma não conseguia separar as sensações de prazer moral com o prazer sexual.“ Ribeiro(pág. 12),… já que Euclides experimenta intensos orgasmos durante ambas as paradas…” Dono de uma concepção extravagante, no que diz respeito à formação do ser humano. Ribeiro (pg12) “Raciona ele que, por sermos naturalmente matadores e comedores de animais, convém que se acostumem às crianças a observar como os mencionados animais são preparados para consumo.”…
Sua história se passa na cidade onde nasceu, A Borengânia, localizada na Europa Central, na Vila Necas. Durante uma crise econômica, que atingiu a Boregânia, Vencecavalos, convoca uma assembleia para tentar construir uma solução, para o problema que assola o país. A em meio a discursos, acalorados e discursões, raciona que o PIB seria o vilão causador de toda a situação, então decidiram que a solução seria combater, esse vilão. Vencecavalos assume a liderança do país, com a promessa de resolver o problema do PIB. Ele abafa a opinião de quem discorda de seus posicionamentos mandando dar marteladas e ate machadadas.
Ribeiro, (2013, pág. 19) “… Mesmo porque Vencecavalos mandava dar uma martelada na cabeça de quem discordava; se a discordância prosseguia, ele mandava dar duas marteladas; se não adiantava, ele mandava dar umas machadadas, essas coisas.”.
Vencecavalos passa a empregar varias medidas loucas para controlar a crise financeira. Euclides se torna bem conceituado politicamente. Ele procura a casa da moeda de Boregânia, com a missão de solicitar a impressão da moeda nacional, A borenga e o boreganete, Mas a casa da moeda não aceitava a moeda local como pagamento pela impressão da moeda local. Euclides Santafé então procura o Banco Eximbank, onde de uma forma astuta, consegue retirar o valor em marcos alemão, sem previsão de pagamento, dessa forma consegue a tão almejada impressão da borenga e do borenguete. O banco termina cobrando a divida em produtos e mulheres.
A Boregânia passou um período de prosperidade, o país passou fazer exportação de azulões, com de olhos furados. O país leva o titulo de Miss, literalmente a força, e vira destaque de jornal. Também é inaugurada a primeira fabrica de elevadores de Boregânia, invenção de Nuno Arco verde, algo muito importante se não fosse o fato de que o país na usava elevadores. Vencecavalos, também conteve a greve geral dos trabalhadores Rurais, onde ele fez um ótimo acordo, no qual os trabalhadores voltaram ao trabalho, e foram multados em sessenta por cento do salário, esse dia foi conhecido como emancipação do trabalhador Rural de Boregânia O país gozava de prosperidade, produzindo dinheiro indiscriminadamente, quando a peste bubônica assola o país, deixando mortos e doentes. Nesse momento Euclides Santafé renuncia o seu cargo, e aceita uma oferta de trabalho do Eximbank e Passa a morar em Florianópolis. Onde ate hoje ele vive.
Dessa forma é retratado o político brasileiro, cheio de malicias, um nascimento tão excêntrico quanto sua existência. Sua habilidade de fazer discurso incompreensível, que foge o senso lógico, a capacidade de convencer ao injustiçado de que ele é compreendido. A grande capacidade de manipular toda a situação e encontrar saídas estratégicas. A sutil percepção de perceber quando abandonar o barco, e achar outro barco para comandar. Tudo isso são características retratadas no personagem, Vencecavalos, que é a imagem do político Brasileiro.
“TOMBATUDO SANTOS BEZERRA.”
O personagem Tombatudo Santos Bizzera, enrabadiso, em uma caravela (semelhante a que Cabral chegou ao Brasil) comandada pelo capitão Afonso dos Reis. O enrabadiço é uma profissão ao qual é dissimulado, pois era condenável, chegando a ser punido pelo inquisidor. Esse grupo de navegantes (enrabadiços) liderado pelo seu capitão chega à costa brasileira, onde desembarcam. Nessa costa vive duas tribos, os Cuchichas e os Parananguás, devido a uma ofensa de um Cuchicha para o Grande chefe Paranaguá, as duas tribos, até então pacificas entram em guerra. O Paranaguá forma um conselho de guerra, mesmo com a resistência de seu ancião a entrar em confronto, eles resolvem se estruturas em ministérios, a fim de arrecadar recursos para a guerra. O Ministério da fazenda era o principal, pois era incumbido de arrecadar impostos para financiar a guerra. Quem não concordava com os impostos eram jogados no rio cheio de piranhas. Era uma forma de ditadura, que não tolerava resistência a coleta do tributo. Com isso o Ministério da Fazenda em algumas semanas, supera as dificuldades e consegue arrecadar os recursos necessários para a guerra.
Quando os Paranangúas se preparavam, para ir à taba dos Cuchichas para levar a guerra, avistam ao horizonte às caravelas, e logo vão até a praia, ao encontro dos viajantes. Em seu primeiro contato com os portugueses, houve muitas duvidas e desacertos. O grande chefe Paranagúa acompanhado de seu conselheiro Penteio, que pouco ou nada sabe sobre os visitantes. O Capitão Afonso dos Reis, pede d imediato ao Chefe da tribo autorização para descarregar misteriosa mercadoria, que são imensa quantidade de lonas, mas o Paranagúas já irritado com tanto protocolo, e sem nenhum interesse pelos visitantes, decide voltar a sua guerra, levando o enrabadiso Tombatudo como observador.
Ao chegar à taba dos Cuchichas, acompanhado pelo seu observador (Tombatudo), o exercito de guerreiro Paranangúas, são recebido pelo Grande Chefe Cuchicha, que logo quer saber o motivo de tanta algazarra. Usando termos debochados, questiona ao Chefe Paranangúa o motivo da guerra, e seu motivo fútil. Mas o líder Paranangúa, quer guerra a todo custo, pois a honra de seu povo, segundo ele, foi ferida. Como artificio o Líder Cuchicha, exige a declaração de guerra, que deixa o outro líder mais seu conselheiro constrangido, pois não sabiam do que se tratava, então quando o Tombatudo interfere, se oferecendo para ajudar a editar uma declaração de guerra. Os guerreiros, juntamente com seu líder extremamente irritado, volta à aldeia para formulação de sua declaração de guerra.
Depois de formulada a declaração de guerra, os Parananguás, retornam a taba dos Cuchichas, onde estão prontos para iniciar a guerra. Mas antes disso como costume inviolável, os guerreiros Paranangúas tem que fazer o ritual de cântico, antes de invadirem a aldeia dos Cuchichas, pois assim eles garantiriam a vitória certa. Com tudo, ao iniciar os seus cânticos de guerra, os Paranangúas, foram interrompidos, por um coro que vinha dos muros dos Cuchichas que dizia assim – Bicha, bicha, bicha!…- Isso incomodou de tal forma, o cântico dos guerreiros invasores, que eles não conseguiram completar seu ritual, restando assim voltar às suas casas, pois sem completar seu cântico, eles não podiam avançar, pois se tratava de uma crença muito respeitada pelos guerreiros, que queriam invadir a taba dos Cuchichas.
O líder dos Paranagúa ficou inconsolável, voltou para sua oca e não queria ver ninguém, sua glória tinha desabado por terra. Nesse momento de angustia para Grande Chefe, foi que surge, o Capitão Alfonso Reis, para se despedir e cobrar a mercadoria, que havia descarregado na praia. O Paranangúa, ficou revoltado, disse que não pagaria, mas o Capitão, argumento incisivamente, que nada poderia fazer, pois somente transportava as mercadorias, e mais nada o interessava, e que os índios viviam em uma área que era propriedade de Portugal, uma vez que estavam no lado leste da linha de Tordesilhas, logo o Grande Chefe Paranangúa era propriedade da Coroa de Portugal. Assim todas as arrecadações, para financia a guerra contra os Cuchichas foram levadas pelos visitantes Portugueses, que deixaram para trás o enrabadiço Tombetudo, que fugiu para viver com um cuchicha. E o Grande Chefe Paranangúa, fico com sua imensa quantidades de lonas descarregadas na praia, onde se perdia de vista.
Nessa história, é exposto aspectos da ditadura militar, Ribeiro (2013, pág. 43) “E, assim sendo na semana subsequente as tropas de choque do governo colaboravam no esclarecimento de quem não se considerava esclarecido…”. É tratados outros assuntos como por exemplo à exploração dos Portugueses, Ribeiro (2013, pág. 62) “Vossa Excelência não compreende. A nação de vossa Excelência está aqui, no nosso lado. Logo Vossa Excelência é nosso.” . A intolerância um tema que originou o conflito entre Paranangúas e Cuchichas é retratado de forma criativa, Ribeiro (2013, pág. 36) “Tonta-Nguê explicou que os Paranangúas, em sua tribo, eram tidos como homossexuais, pessoas inferiores e de comportamento pouco digno.”. O conto Tombatudo do Santos Bezerra, foi uma forma inteligente e cômica, que o autor usou para abordar temas relacionados ao preconceito, a violência da ditadura militar e seu congêneres, e a nossa condição de exploração internacional, desde a época da estrutura de metrópole e colônia.
“ROMBAQUIRICA SANTOS BEZERRA.”
Essa história começa com a comparação entre dois tipos de termômetros, O Termômetro Retal Bundeschmiggel e o Termômetro Axilar Rond-Point. Dessa forma é deixado bem claro todos os aspectos que difere um termômetro do outro. E chegamos ao objeto da história, o Termômetro Bonguedongue, e sua origem na França, produzido pela firma André Fesses et Frères Société Anonyme, e o fim trágico na guilhotina, de seu proprietário. O termômetro Bonguedongue, se tratava de artefato mecânico, com uma saída para o som, como um gramofone, que a determinada temperatura corpórea emitia tons musicais.
O fantástico instrumento, na sociedade francesa, passa a ser usado pelos maridos para determinar se estavam sendo traídos ou não por suas esposas. O método consistia em introduzir, o tal instrumento na cavidade intima feminina, se a mulher houvesse tido relação erótica, seu corpo estaria com determinada temperatura que acionaria o mecanismo do objeto e emitiria uma tom musical, aí estaria comprovado à traição. Só que havia variados tons, que correspondia a níveis variados de intimidade e idílio, foi ate treinado técnico para orientar os usuários. Esses técnico passava pelo mais rigoroso controle de padrões de qualidade. De forma que esse produto passa ficar amplamente conhecido na França, com direito a catalogo dos profissionais especializado, chegando a virar relíquia.
M. Lourd, adquire um exemplar desse revolucionário instrumento, pois havia certas suspeitas de sua esposa Mme. Lourd, mulher de devastador apetite sexual. A qual foi submetida ao teste de fidelidade, para a surpresa de M. Lourd, foi que ao colocar o instrumento na cavidade intima de sua esposa, o tal aparelho reproduziu um orquestra sinfônica completa. Isso deixa o M. Lourd indignado, ele ameaça ir embora, mas Mme. Lourd disse que podia ir, mas que deixasse o Bonguedongue, pois ela tinha ficado maravilhada com o objeto.
Só que Mme. Lourd, quando arejava suas partes intimas, contraiu, uma doença peculiar, causada por um parasita chamado glipso, comum em pelos da genitálias de camelo. Esse parasita causa sintomas muito peculiares, que são:
a) dentes podres;
b) uma acentuada propensão a tocar sanfona;
c) completo analfabetismo;
d) tendência a não reconhecer comida
e) pernas tortas;
f) sífilis, aquilostomose, esquistossomose, verminose, amebíase, tuberculose, tifo, paludismo, raquitismo, pelagra, beribéri, bexiga, tripanossomíase.
g) Falta de caráter, de amor à causa pública e de espírito de sacrifício;
h) indolência.
M. lourd mesmo preocupado por sua esposa, ele passa consumir nitrato de prata, na tentativa de se imunizar. Mme. Lourd passa a ser tratada com alimentação regular, pois Instituto Pasteur, orientou que comida servida com regularidade elimina os sintomas da doença, mas não cura. Ela se tona uma dedicada balconista da loja l’Armée de la Savation, onde terminou seus dias. O Bomguedonguem, é exportado e vendido à família Bezerra na Paraíba. Os herdeiros de tal objeto desconhecia sua serventia, o avô de Rombaquirica tenta explicar seu uso Ribeiro (2013, pág. 82) “- isso é um hong-kong velho- explicou o avô Nartécio – Parece uma caceta, mas é um hong-kong. Deixe isso aí.”
Rombaquirica, foge de sua casa pois havia engravidado duas agregadas, quatro primas e uma tia, ele leva consigo o Donguecongue. Ele deixa sua casa para se tornar cangaceiro, ele passa a aterroriza à população, decapita pessoas, promove o vandalismo, no primeiro ano. Já no terceiro ano, invade as obras do governo no açude, agride e humilha funcionários, capatazes. Mas ainda anda com aquele velho Bonguedongue, na cintura, ele ainda tem duvidas sobre sua utilização, foi então que encontra a esposa de um juiz, e decide experimentar nela, durante contato intimo com ela, ele introduz o objeto, que começa a tocar tons musicais, o que ele não sabe é que o Bonguedongue esta contaminado com o glipso. Daí ele passa a espalhar a doença em sua jornada de terror.
Já vitima da doença, Rombaquirica, se encontra em uma situação débil, onde ele trabalha em um capina ao receber o pagamento, nem consegue assinar o recibo de pagamento, Ribeiro (2013, pág. 86) “Rombaquirica, que por causa da maldita moléstia, havia desaprendido a escrever, colocou o polegar direito em cima do lugar da assinatura e contou o dinheiro” recebe vários descontos em forme de imposto de varias instituições, então ele vai atrás de seus direitos, nos referidos órgãos, só que ele não recebe o que esperava, então ele praticavam o barbarismos contra os funcionários dos referido órgãos.
O glipso, se alastro de tal forma que gerou o pânico geral, nesse momento um deputado resolve criar um comitê a fim de resolver o problema. Esse comitê, implanta medidas de combate à doença. Rombaquirica vai ao encontro dessa comissão, que dizia que viemos para curar e não para reprimir. Depois do encontro com essa comissão, ele sai para pensar e preencher formulários, foi aí que o pelotão que já vinha em sua busca o encontra desprevenido. A histeria é tanta que usaram bazuca e granadas para mata-lo. Sua cabeça foi decapitada e empalha, para ser exposta como exemplo, de uma pessoa que morreu da doença do glipso, fazendo assim parte de uma campanha de saúde.
Essa história é uma denuncia contra a extrema pobreza, que tem como efeito, não só as doenças e fatalidades, mas também vários outros desdobramentos, como a violência e a corrupção. Não basta só comida, pois essa só elimina o sintoma, mas a doença continua lá.
“SANGRADOR SANTOS BEZERRA.”
A muitos métodos para chegara a santidade, mas pode ser mensurado os seus níveis, atravex da tabela Tranx de santidade, que traz elementos comparativos para determinar os graus da santidade. Simeão Estilita, possui o (grau 3) nessa tabela, esse santo vivia em uma plataforma no topo de uma estaca. Santo Aragão, (grau 4), ele morava dentro de um buraco, quando ele sentia a tentação ele se jogava em um espinheiro. Santa Irene (grau 5) ela mandou furar os olhos de seu próprio filho, que seria rei, para poder salvar os cristãos.
O Sangrador Santos bezerra, que viu a luz pera primeira vez no Kazinguistão, país que já foi prospero, conhecido pelos pássaros exóticos. Seu nascimento foi marcado por um evento milagroso, uma pomba, que fez o voo em forma de estre no telhado da casa, e fato mas surpreente foi o fato de seu avô cego poder ver o evento. Sangrador dotado de virtude desacerbada, onde em sua infância, aos 5 anos denuncio sua prima em ato de descaramento com o primo. Aos nove leva uma surra do pai bêbado e logo depois pede perdão. Aos onze possui seu próprio programa doutrinário que incluía, autoflagelação e penitencia. Sangrado já homem feito, vive do que sua mãe idosa traz de seu trabalho, ele a orienta a fazer penitencia, sua conduta virtuosa é extremamente exagerada. Chegado a se decidir a viver como um ermitão, isolado do resto do mundo. Seu irmão tenta o convencer a participar das atividades da comunidade onde vivem.
Por acaso Sangrador, lê a manchete de um jornal, apesar dele não gostar de jornais, pois tenta evitar a contaminação mundana, ele descobre que os pássaros de seu país são exportados e isso o deixa estarrecido, chegando a desmaiar duas vezes. Ele segue o conselho de seu irmão e vai reza pedindo um milagre a São Rosivaldo, depois de muito reza o santo aprece e ver as marcas da autoflagelação no corpo de Sangrador, e denuncia o seu exagero. Bezerra, conta o que o incomoda, o pássaro exótico que ele acha terrível, o bicho-pica. Ao ouvir o nome sendo proferido pelo santo o religioso ficou estarrecido, entrando em discussão com o sando, confundindo ate com o diabo, dessa forma o expulsando.
O Sangrador Santos Bezerra, vai até o conselho dos ministérios, com o objetivo de se tornar governante do pais, a fim de salva-lo. Ele consegue argumentar com os ministros, afirmando ter apoio externo, então assumiu o governo com suas politicas religiosas. Sua primeira medida foi à proibição do comercio do BP (bicho-pica), logo os comerciantes protestaram dizendo que iam à falência, pois esse era o principal produto de exportação. Mas na qualidade de governante, baixou diversos decretos, que garantiria: Igualdade entre todos; proibia a pobreza total; garantiria comida e roupas para todos entre outros.
A população esta contra tal medida arbitraria de extingui o BP, a uma forte resistência ao projeto. Sangrador vai ao conselho do ministérios, pedir apoio a uma guerra santa, afirmando que o apoio externo só cumpriria a promessa feita aos ministro com a extinção do BP. De uma forma ardilosa, excitando a cobiça dos ministros Sangrador, consegue persuadi a guerra. Apoiado por um exercito fortemente armado, ele massacra mais da metade da população de Kazinguistão, mais de vinte por cento fica aleijados e os demais são presos. Com a vitória ele se ajoelha para orar, quando indagado pelo apoio externo, ele afirma que era Deus, então Sangrado Santos Bezerra é morto, e os ministros e comerciantes vão para suíça e vivem felizes para sempre.
Podemos ver que o fanatismo religioso é exposto pelo personagem Sangrado Santos Bezerra, com seu exageros. Sua forma de manipulação é astuta, acreditando que os fins justificam os meios. E ambição dos quem poiam o sistema de fanatismo, fica mais que evidente.
“ABUSADO SANTOS BEZERRA.”
Quando o presidente da República, Lukaut se levanta às sete horas da manhã, ele se depara com um objeto não identificado, o qual ele procura respostas. Depois de muita confusão, por ter acionados seguranças e esquadrão anti-bombas, e depois da mais criteriosa investigação feita pelos as especializados especialistas, além de analise química e físicas feitas em laboratório, se chega à conclusão que se trata de cocô mesmo. A pergunta que fica no ar é, como ele foi parar no quarto do presidente? E quem fez?
Foi convocado diretamente de Seattle, Jeff Camone, especialista investigativo, e o Tenente Ailoviu, foi montado uma força tarefa, a fim de identificar o autor do crime. Foram feitas investigações a procura ate de pessoas com diarreia, foi feito uma operação pente fino, investigando tudo, ate mesmo o próprio cocô. O tempo passa e a pressão em cima de Jeff é exaustiva. A coisa foi tão seria que essa força tarefa ficou conhecida como esquadrão de merda. A coisa fica mais tensa quando presidente acha cocô em sua pasta durante a reunião.
Como as investigações não chegava a lugar nenhum, não houve outra opção a não ser convocar o investigador Abusado Santos Bezerra, um personagem tipicamente brasileiro, cheio de mania e conversa mole. Ele convence a equipe montada para leva-lo para Washington a permitir fazer comparas em New York, em meio a crises. Abusado, com ar de especialista, chega ate a força tarefa para interrogar os chamados dedos-duros, mas fica decepcionado ao perceber quem nos Estados Unidos as coisas não funcionam como no Brasil.
Em fim ele percebe que seus esforços não o levaram a nada, ou melhor a sua falta de esforço, e também percebe que não se pode tirar impressão digital do cocô. Dessa forma ele percebe que a única solução é arranjar um culpado, a principio Jeff e Ailoviu, são resistentes à ideia, mas logo eles conseguem um bode expiatório o agente Guivimi, que após a uma chantagem aceita a condição.
Como conseguiram um culpado para assumir a culpa, responsabilizado o agente Guivime, pelo atentado do cocô, o caso é dado por encerrado. Em sua despedida Abusado não perde a oportunidade de satirizar Ribeiro (2013, pag. 155) “ – Mas o senhor deve ter sempre cuidado: por mais presidente que seja, tem sempre alguém sempre cagando para ele. Este mundo é muito incerto.”
Este conto, no formato de serie policial norte americana, suje o personagem de Abusado santos Bezerra, que personifica o típico brasileiro, turista ou trabalhador no exterior. Podemos então ver essa caricatura que reflete o comportamento Brasileiro.